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Brazil. Uberlândia deve gerar mais energia fotovoltaica com novas regras


Das 268 cidades brasileiras com capacidade de geração de energia solar nas categorias microgeração – até 75 quilowatts (kW) – e minigeração distribuídas – até 5 megawatts (MW) -, Uberlândia é a que tem o quarto maior potencial, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ao todo, na cidade, são gerados 1,3 MW de energia elétrica por meio da instalação de placas fotovoltaicas e, segundo especialistas do setor, esse número tende a aumentar com as novas regras para a geração doméstica de energia solar – ou seja, aquela que não é comercializada. Elas entraram em vigor no início deste mês, com a publicação da Resolução Normativa 687/2015 da Aneel. Entre as mudanças estão a possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios, o aumento do prazo de validade de créditos quando da geração de energia acima do consumo e a celeridade para que a distribuidora conecte as usinas. De acordo com o diretor técnico operacional da Alsol Energias Renováveis, Gustavo Malagoli, essa resolução deve impulsionar a geração de energia no País. “Quando a quantidade de energia gerada em um mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor terá créditos que podem ser usados por até 60 meses e não apenas 36, como previa a resolução anterior. Isso é positivo, porque ele ganha mais tempo. O consumo de energia costuma aumentar ao longo do tempo, porque a família cresce, adquire mais eletrodomésticos. Então, esse crédito será melhor aproveitado”, afirmou Malagoli. Outra inovação, segundo ele, é em relação à instalação da geração distribuída em condomínios. “Inicialmente, o permitido era que a microusina fosse instalada no imóvel que fosse utilizar a energia. Mas agora é possível distribuir essa energia em porcentagem definida para os condôminos, o que é positivo, porque, às vezes, não há espaço para instalar em todas as casas.”

Ainda sobre a geração compartilhada, uma mudança é a possibilidade de união em consórcios e cooperativas. “As pessoas podem instalar uma microusina de geração e utilizar a energia gerada na redução das faturas dos cooperados”, disse. Uma queixa comum até o fim do ano passado era a demora na conexão do sistema instalado com a companhia energética. “Muitos clientes ficavam com as placas prontas, esperando só que a distribuidora conectasse o sistema para haver geração e compensação de energia elétrica. O processo poderia levar até 82 dias. Mas ultrapassava esse tempo, porque muitas delas não tinham os leitores capazes de atender à demanda. A gente percebeu que isso começou a mudar depois que o prazo máximo caiu para 34 dias”, disse Malagoli. OPORTUNIDADE A possibilidade de gerar energia fotovoltaica e compartilhá-la em consórcios foi o que despertou o entusiasmo do engenheiro civil e empresário Gustavo Marcondes Cordeiro a buscar informações sobre o tema. “O interesse surgiu pela possibilidade de economia e por ser uma fonte limpa de energia, mas também pela chance de usar a energia em algumas obras de parceiros. Há locais em que precisamos da energia elétrica, mas as instalações ainda não estão completas, então seria uma forma prática e mais econômica de gerar e usar energia. Mas ainda estamos avaliando o projeto com cautela, analisando detalhadamente a viabilidade disso”, afirmou Cordeiro UFU pode ter economia significativa de gastos Pensando na oportunidade de minimizar custos e garantir o uso de uma fonte renovável de energia, alunos da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram uma microusina de geração fotovoltaica, com capacidade de gerar 10,58 quilowatts (kW). O projeto surgiu em 2013, como piloto, e a ideia era treinar os alunos para nova tecnologia “Agora, que ela já está consolidada, estamos começando um estudo para avaliar a viabilidade técnica para implementar na UFU como um todo. Isso vai auxiliar na economia de energia”, afirmou o professor e coordenador do projeto Luiz Carlos Gomes de Freitas. Segundo ele, a energia gerada é capaz de abastecer a demanda do laboratório e se as placas forem implantadas em outros prédios, a instituição poderá ter uma economia significativa. “Por enquanto, estamos apenas estudando a possibilidade e viabilidade. Mas devemos apresentar a proposta futuramente”.

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